As esculturas em peqeuno formato nasceram de desenhos de figura humana, feitos com modelo uma negra, brasileira, residente na Argentina, de quem Pick se torna amiga. Maria Nazaré do Santos. Ela era contratada para posar, primeiro nas oficinas da Univercidade, depois em estudio particular. A expresividade e a força das posturas que eram retratadas, foram levadas para a modelagem. A primeira série de pequenas mulheres, modeladas, não seguiam os canones clásicos do desenho feitos na academia, apenas suas posturas. Um pescoços mais alongados, extremidades recortadas, uma estilização, onde partes do corpo eram exageradas, outras simplificadas.
Outro perído, inspirado no mecanicismo, muito usado pela artista brasileira Niobe Xandó, foi incorporado para compor pequenos murais em auto relevo, e em esculturas geometrizadas.
Nos ultimos anos uma sintesis dos dois processos anteriores aparecem nas esculturas. Aprocimando-se de uma geometria orgânica. Onde formatos quadrados ou retangulares são usados justapostos com uma modelagem mais mimética e naturalista.
“Tantos segredos envolvem as misteriosas formulas químicas que compões, a pureza ou a mistura da erosão, aqueles minerais todos, aquelas cores, toques diferenciados, lisos, ásperos, secos, suaves, brilhantes opacos. E se afastamos a terra do poder do fogo transformador?” (Pick)
“Tantos segredos envolvem as misteriosas formulas químicas que compões, a pureza ou a mistura da erosão, aqueles minerais todos, aquelas cores, toques diferenciados, lisos, ásperos, secos, suaves, brilhantes opacos. E se afastamos a terra do poder do fogo transformador?” (Pick)
Atualmente a cerâmica “expandida” vem se incorporando ao trabalho da Isabel Bogoni, Pick. Um conceito muito aplicado atualmente na cerâmica contemporânea no uso da argila crua e dos demais materiais do fazer cerâmico, como o gesso, a barbotina (argila líquida), o vidro em pó (sílica/quartzo), que são usados como suportes efêmeros em performances, instalações, transferência de imagens gráficas para o barro, na tentativa de expandir o próprio ofício da cerâmica. O resultado são pequenas instalações em argila, que nem sempre passam pelo fogo para fundir-se, mas sim, são um suporte temporário de outra coisa, outra função. Comunicar e desvanecer-se.
Na instalação de Arte Urbana, “Manipula-ação”, registrado em vídeo-arte, (link e registros fotográficos anexado abaixo) houve uma intervenção do público infantil. A obra foi criada com grandes cilindros plásticos, que lembram os tubos de ensaio de laboratório, e dentro deles, foram instalados, desenhos e esculturas, em papel e fios metálicos com formas de embriões, e fetos humanos. Células embrionárias, neuronais e de microrganismos, “dançam” nas composições, sugerindo, espaços simbólicos surreais.